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20/06/2012

 

Entenda o que é e qual a importância do pré-natal para uma gravidez tranquila.
Entenda o que é e qual a importância do pré-natal para uma gravidez tranquila.
Entenda o que é e qual a importância do pré-natal para uma gravidez tranquila.
É incrível pensar que ainda nem todas as gestantes realizem o pré-natal . Por mais que se fale sobre o assunto, algumas mulheres não entendem a importância de acompanhar a evolução da gravidez e só procuram um médico quando a gestação está avançada ou quando o parto já está próximo. Mas afinal, porque o pré-natal é tão importante? Bem, é ele quem vai garantir uma gravidez saudável e um parto sem riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê. Com o pré-natal é possível acompanhar o desenvolvimento do feto e, se houver algum problema, detectar precocemente, aumentando as chances de deter o problema. No caso das mães, algumas doenças como a diabetes gestacional e a pré-eclampsia podem aparecer durante a gravidez, trazendo graves conseqüências para a gestante, porém, esses problemas também podem ser controlados com o pré-natal. POR ONDE COMEÇAR Antes mesmo de engravidar, deve-se pensar em procurar um médico para orientar e planejar a gestação. Mas como escolher um profissional? É fundamental que haja uma relação de confiança entre médico e paciente. Durante a gestação é comum a mulher sentir-se sensível e insegura. Um bom profissional, em quem a gestante confie, poderá ajudá-la a resgatar a força nesse período tão importante da vida. Se a mulher ainda não tiver um ginecologista de sua confiança, é hora de procurar. Indicações de amigas são sempre bem-vindas. Uma boa ferramenta para buscar informações sobre o profissional é o site do Conselho Regional de Medicina, que traz uma relação de todos os médicos devidamente inscritos no CRM. Estude a vida profissional do médico e certifique-se de que tenha especialização em Ginecologia e Obstetrícia. A grande maioria dos médicos ginecologistas é também obstetra. Alguns poucos profissionais acabam se dedicando apenas ao atendimento no consultório e não realizam partos. Se for o caso do seu médico, ele deverá indicar um colega para realizar o pré-natal. O ideal é que antes de engravidar, o casal converse com o médico sobre como será o acompanhamento, se é a favor do parto normal ou cesariana, em quais hospitais atende, se aceita plano de saúde e outras questões práticas. Essa é a hora de tirar todas as dúvidas com o seu médico. GESTAÇÃO DE 12 MESES O conceito “Gravidez de 12 meses” foi criado pelo Dr. Sérgio Peixoto, Professor Associado Livre-docente de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. Ele sugere que o pré-natal deve começar antes mesmo da concepção. Alguns especialistas concordam que os pais devem procurar orientações médicas e começar a se preparar física e psicologicamente para a gestação ao menos três meses antes de engravidar. Se os pais estiverem preparados e seguros quanto às mudanças que estão por vir, já que a gravidez mexe muito com a sensibilidade e emoção, as chances da gestação e do parto ser muito mais tranqüilo é bem maior. Além de tirar as dúvidas do casal e passar as informações mais relevantes, a consulta médica antes da gravidez é fundamental, pois serão realizados exames clínicos e laboratoriais para checar a saúde do casal. Caso haja necessidade, eles terão tempo de fazer o tratamento adequado antes da concepção do bebê. Na ocasião, o médico fará a atualização das vacinas, indicará exercícios e cuidados com a alimentação dependendo dos hábitos da paciente, e irá verificar se o pai ou a mãe tomam medicamentos, fumam, usam álcool ou algum tipo de droga, ou têm alguma característica genética que seja um fator de risco para a gestação. Se a mãe tem alguma doença preexistente como diabetes ou pressão alta, o médico deverá tomar providências para equilibrar as taxas e prevenir futuras complicações. O especialista poderá ainda receitar o uso de ácido fólico, que deve ser tomado três meses antes da gestação, com o objetivo de diminuir a incidência de malformações do feto. Quando o corpo e a alma estiverem em ordem, é hora de parar o método anticoncepcional e engravidar. OS EXAMES DO PRÉ-NATAL Existe uma lista de exames básicos que toda mulher que engravida deve fazer. A maioria deles são exames de sangue feitos em laboratório como o hemograma completo, para checar se a mulher está com anemia ou infecções, glicemia, para verificar a taxa de glicose no sangue, e algumas sorologias como HIV, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis e hepatite B e C, além de tipagem sanguínea e fator Rh. O médico deve ainda solicitar exames de urina e fezes. Alguns desses exames laboratoriais devem ser repetidos algumas vezes durante a gravidez, como o hemograma, realizado mensalmente, a glicemia, que é repetida na 26ª semana de gestação, além de algumas sorologias para verificar se a mulher foi infectada durante a gravidez. O ideal é que a gestante realize três ultra-sonografias: uma no primeiro trimestre da gravidez para avaliar o tempo de gestação com mais precisão, outra no segundo semestre, quando os órgãos já estão formados, e a última no terceiro trimestre para acompanhar o crescimento fetal. Em casos de gestação de risco ou se os resultados dos exames estiverem fora do padrão esperado para aquela fase da gravidez, o médico poderá pedir outros exames adicionais ou repetir alguns de acordo com a necessidade para uma melhor avaliação. Geralmente, as consultas médicas são mensais até o sétimo mês de gestação, quinzenais até a 36ª semana e semanais até o final da gestação. PLANOS DE SAÚDE As mulheres que possuem seguros privados de assistência à saúde devem se informar sobre a cobertura de exames pré-natal, consultas, parto, hospitais e atendimentos de emergência com a sua operadora no início da gravidez, ou até mesmo quando começar a planejar engravidar. Uma mesma operadora oferece diferentes tipos de planos, com coberturas variadas. Em geral, os planos de saúde cobrem exames básicos solicitados no pré-natal, porém, alguns planos têm cobertura total de diversos exames e internações enquanto outros dão direito apenas às consultas e exames básicos. Os honorários médicos para a realização do parto são bastante variáveis. A operadora pode exigir que o médico seja credenciado, e caso não seja, a paciente deverá pagar os honorários médicos e pedir reembolso, se tiver esse direito. É comum que a operadora do plano de saúde restrinja os números de consultas e exames realizados por mês ou pelo período da gestação. É importante também verificar se existe alguma carência para a cobertura de partos, caso o plano tenha sido adquirido recentemente. A cobertura dos planos de saúde pode gerar muitas dúvidas e discussões, portanto, o ideal é ler atentamente o contrato da operadora para saber sobre seus direitos. O médico deverá estar ciente sobre as condições do seu plano de assistência médica e orientá-la sobre a melhor forma de proceder com o pré-natal e o parto. Para escolher o hospital onde o bebê irá nascer, deve-se solicitar uma listagem ao convênio e o médico verá em quais hospitais é cadastrado, para que possa fazer a internação da paciente. “A mulher deverá visitar a maternidade antes de fazer sua escolha. É importante avaliar a qualidade da enfermagem e berçário”, alerta o Dr. Luciano Pompei, diretor da FEBRASGO, Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia. O médico incentiva as futuras mamães a conversar com outras mulheres que pariram no hospital para trocar idéias. ATENDIMENTO PELO SUS O Ministério da Saúde afirma que o número de consultas pré-natal realizadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde - durante a gravidez é crescente ano a ano. Em 2003 foram realizadas 8,6 milhões de consultas de pré-natal e no ano passado, 2009, foram 19,4 milhões. O aumento foi de 125% nesse período, devido à ampliação do acesso ao pré-natal pelas mulheres e os benefícios oferecidos pelo governo. O SUS realiza gratuitamente os exames básicos durante a gestação, como exames de urina e de sangue para verificar a existência de doenças como hepatite B, toxoplasmose, sífilis, HIV e outros, além de aplicar vacinas e oferecer medicamentos, quando necessário. As gestantes atendidas pelo SUS têm direito a fazer, pelo menos, seis consultas durante toda a gravidez. Nas consultas de pré-natal, a equipe de saúde mede a pressão arterial da mãe, verifica o peso, mede a barriga, escuta o coração do bebê, e anota todas as informações sobre o pré-natal e exames no Cartão da Gestante. Esse cartão deve ser apresentado ao médico na hora do parto para que ele tenha informações sobre o estado de saúde da mãe e do bebê. O Ministério da Saúde tem feito um grande esforço para realizar pelo menos um exame ultra-som durante a gestação, porém, ainda não são todos os postos de atendimento do SUS que possuem um aparelho para realizar o exame. Muitas vezes, as pacientes que têm condições acabam realizando esse exame em clínicas particulares. A rede do SUS também oferece algumas atividades para as gestantes como cursos de preparação para o parto e grupos de gestantes, onde as futuras mamães podem trocar idéias e experiências.

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