Dor nas costas de acordo com a sua profissão
Incômodos recorrentes podem ser consequência de má postura no trabalho
Você já parou para pensar que aquela dor recorrente nas costas ou no pescoço, por exemplo, pode estar associada às funções que você desempenha em sua profissão? A realização profissional e o empenho são fatores importantes, mas muitas vezes, por descuido ou falta de informação, podem ocasionar problemas à saúde.
Uma coisa é fato. O automatismo, a internet, as especificidades profissionais e muitos outros fatores fazem com que as pessoas fiquem mais paradas. Logo, cada vez mais, trabalhamos realizando tarefas pontuais, de movimentos repetitivos e de pouca variação. Sendo assim, indivíduos que trabalham muitas horas sentados costumam apresentar muitas dores e problemas de coluna ao longo do tempo. Isso porque essa posição é responsável pelas alterações dos ângulos do quadril e da coluna que, comumente, são os principais causadores de dores, de lesões degenerativas e outros malefícios.
Uma boa dica para quem precisa trabalhar sentado é optar por intervalos para realizar alguns alongamentos do corpo ou uma leve caminhada. Também é importante investir na boa alimentação para evitar o sobrepeso e prejudicar ainda mais a coluna enquanto estiver sentado. Observe sempre sua postura, não relaxe: sente-se com o bumbum próximo do encosto da cadeira e os calcanhares devem alcançar o chão. Para ajudar na manutenção da curvatura lombar ao se sentar, procure colocar uma pequena almofada nesta região.
Trabalhando em pé
Pessoas que trabalham em pé também apresentam queixas em relação à saúde, como é o caso de funcionários que atuam em linhas de montagem, por exemplo, que também estão suscetíveis a problemas na coluna vertebral. A razão é que essa postura coloca o centro corporal da gravidade adiante da coluna vertebral, o que a mantém sob um momento constante de inclinação anterior. O esforço muscular não causa, apenas, cansaço nas pernas, o peso do corpo também causa pressão sobre o eixo da coluna vertebral ao longo do dia. É um ciclo vicioso com a produção de desequilíbrios musculares. E para se manter ereto, o profissional acaba submetendo os músculos da postura estática a um estado constante de tensão.
Muitas vezes, considera-se que a postura em pé no trabalho seja a mais correta, uma vez que nessa posição as curvaturas da coluna estão em alinhamento correto, reduzindo as pressões sobre o disco intervertebral. Entretanto, a manutenção da posição por longo período conduz ao uso assimétrico dos membros inferiores, apoiando o peso de forma alternada entre as pernas. Músculos e articulações envolvidos na sustentação dessa posição acabam sendo prejudicados pela solicitação contínua, logo a musculatura cansa e tende a enfraquecer, levando a alterações posturais.
A fim de reduzir a solicitação muscular dos membros inferiores, além de aliviar esse excesso de pressão sobre a região lombar, evitando, consequentemente, complicações sérias é importante investigar a possibilidade de projetar o posto de trabalho, de modo a viabilizar uma alternância da postura sentada com a postura em pé.
Carregando peso
Quando o profissional trabalha com o carregamento de peso, deve levar em consideração a forma de levantá-lo e a sua própria massa corporal com relação ao objeto. É importante lembrar que quanto mais prolongado for o tempo de permanência com o peso e a postura ao carregá-lo estiver incorreta, mais danos o profissional trará para sua coluna.
Ao se inclinar para pegar algum objeto, principalmente, se ele estiver no chão, o indivíduo deve ter muita atenção com a postura utilizada: é fundamental manter os joelhos semiflexionados, os pés afastados e o abdômen contraído, a coluna deve permanecer reta (nunca dobre o tronco), realizando força, apenas, nas pernas para erguer o peso; a carga deve estar próxima ao corpo para um maior conforto em transportá-la e nunca deve ser carregada na cabeça (pois compromete o equilíbrio e comprime as vértebras cervicais da coluna), mas com uma boa distribuição do peso nos braços.
Lembre-se sempre que a dor de caráter crônico de longa duração, caracteriza-se por durar mais de três meses, causando grande incapacidade funcional, laborativa, social e familiar.