Estudo aponta que mulheres têm maior risco de infecção pelo Zika
O novo estudo liderado por cientistas dos Institutos Gladstone, ligados à Universidade da Califórnia em São Francisco, Estados Unidos, constatou que os vírus de RNA, como o presente no Zika, enfraquecem o sistema imunológico vaginal, retardando a resposta das defesas do corpo à infecção e dificultando a detecção do vírus na vagina.
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A descoberta mostra que o vírus pode aumentar o risco de infecção do feto durante a gravidez. Os pesquisadores sugerem que as mulheres são mais suscetíveis à transmissão sexual de vírus de RNA e que elas têm mais dificuldade que os homens para eliminar a infecção do organismo.
Para a análise, os cientistas infectaram camundongos de forma sistêmica -generalizada- e também através da vagina. O processo de células infectadas costuma liberar moléculas de interferon. A molécula funciona como uma defesa inicial conta a infecção, alertando as células vizinhas que o corpo está sendo atacado, desencadeando a reação de todo o sistema imunológico.
Após três dias, notou-se que os animais que foram infectados sistemicamente apresentaram uma forte resposta do interferon e começaram a eliminar o vírus do organismo. Porém, aqueles infectados pela vagina ainda tinham níveis altos do vírus e nenhum sinal na molécula no organismo.
"Ficamos muito surpresos com a ausência de resposta de interferon. Essa molécula é liberada como um primeiro passo da resposta imune e o fato de ela não ter sido detectada na vagina é muito alarmante. Sem interferon, o resto do sistema imune não pode ter sua ação desencadeada de forma eficiente, tornando extremamente difícil para o corpo lutar contra infecções virais"