Bebês com Zika desenvolvem microcefalia após o nascimento
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou um estudo sobre bebês infectados com Zika que tinham cabeças de tamanho normal ao nascer, mas desenvolveram microcefalia somente de cinco meses a um ano após o nascimento.
Foram investigadas 13 crianças de Pernambuco e do Ceará que nasceram com síndrome de Zika congênita, identificadas em exames, mas sem redução do crânio. Entre os bebês, 11 desenvolveram gradualmente a microcefalia, uma má-formação craniana, nos meses seguintes ao nascimento.
No entanto, todos tinham complicações neurológicas, como diminuição do tamanho do cérebro, ventriculomegalia (alargamento de cavidades cerebrais), calcificações e outras má formações. Além disso, dez dos 13 bebês revelaram dificuldade para engolir, sete tiveram epilepsia, cinco mostraram algum grau de irritabilidade, nove não conseguiam mover as mãos voluntariamente e todos tiveram hipertonia, ou excesso de rigidez no tônus muscular.