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28/07/2012

 

SUS inclui mais dois remédios contra hepatite C
SUS inclui mais dois remédios contra hepatite C
A partir de 2013, dois novos medicamentos contra hepatite C serão incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS). Eles são o Telaprevir e o Boceprevir, que fazem parte da classe de inibidores de protease, considerada a maneira mais moderna para combater a doença. Os novos medicamentos devem beneficiar 5.500 pacientes que também são portadores de cirrose e fibrose avançada, justamente aqueles que fazem parte do grupo de maior risco de progressão da doença e de morte. “Existem cinco tipos de vírus que causam a hepatite C. No Brasil, 85% dos casos são causados pelo vírus tipo 1. O grande problema é que esse é justamente o vírus que tem a menor resposta aos tratamentos disponíveis até agora - eles curam menos de 40% dos casos. Esses dois novos remédios que o SUS vai disponibilizar suprem essa deficiência. É importante frisar que eles não substituem os antigos remédios, mas precisam ser usados conjuntamente. Assim, há um aumento de eficácia do tratamento em mais de 90%. “O Telaprevir e o Boceprevir têm muitos efeitos colaterais, como anemia, diminuição do número de plaquetas e glóbulos brancos. Além disso, é preciso tomar muitos comprimidos por dia, o que gera vômito, náuseas, diarreia. Por isso, eles só estarão disponíveis para os pacientes que estão na fase mais avançada da doença. A decisão do Ministério é positiva, mas chega com atraso. Esses remédios já estão disponíveis fora do país há mais de um ano e meio.” O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80% - o dobro do sucesso obtido com a estratégia utilizada atualmente, que associa dois medicamentos, o Interferon Peguilato e a Ribavirina, administrados de maneira intravenosa e oral. Enquanto o tratamento com os dois remédios tinha duração de 48 a 72 semanas, os novos são administrados oralmente, e têm duração de até 48 semanas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, pelo Ministério da Saúde, durante o lançamento da campanha nacional contra hepatites virais na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. “Esse é um passo decisivo para o tratamento das hepatites que vai possibilitar aos brasileiros a oportunidade de receber o que há de melhor em relação ao tratamento no país”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No Brasil, há cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, que é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. A evolução da infecção, do seu início até a fase da cirrose hepática, pode levar de 20 a 30 anos e não apresentar

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