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27/07/2017

 

Microcefalia: entenda as medidas da cabeça que indicam o problema
Microcefalia: entenda as medidas da cabeça que indicam o problema
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Nestes casos, o perímetro cefálico (PC) é menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm. No Brasil, o Ministério da Saúde adota como parâmetro para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia a mesma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação, sendo que a medida para meninos será igual ou inferior a 31,9 cm e, para meninas, igual ou inferior a 31,5 cm. Vale ressaltar que o que se mede é o perímetro cefálico (PC), ou seja, a circunferência da cabeça do bebê, e não o perímetro encéfalo (cérebro). O diagnóstico deve ocorrer após o nascimento do recém-nascido, sendo que o primeiro exame físico deve ser rotina nos berçários e realizado em até 24 horas do nascimento, para detecção ativa de possíveis anomalias congênitas. Em muitos casos, mesmo antes do parto, já se pode diagnosticar a microcefalia pelo encontro de perímetros cefálicos baixos, ainda na vida intrauterina. A criança pode ter uma redução do perímetro cefálico depois do nascimento? Uma criança nascida com o perímetro cefálico normal pode apresentar um crescimento encefálico menor que o desejado, mas isto não está relacionado à microcefalia congênita. Ocorre por soldadura precoce dos vários ossos da cabeça, impedindo seu crescimento. Nestes casos, o tratamento é cirúrgico, com restabelecimento normal do crescimento craniano. Muitas vezes os pais ficam apreensivos, o que é natural. No entanto, esta apreensão é justificável somente se for constado, através de ultrassonografias, um déficit de crescimento, ou se o mesmo for verificado pelo pediatra, ao nascimento. Consequências da microcefalia As perspectivas de uma vida normal no futuro devem ser levadas em consideração. Devido ao não crescimento e amadurecimento do encéfalo, esta criança apresentará um déficit intelecto-cognitivo maior ou menor, dependendo do nível de comprometimento encefálico. Nos casos mais graves, pode afetar ainda alterações de funcionamento de diversos órgãos do organismo, principalmente os endócrinos (diabetes, hipotireoidismo, hipotálamo, etc.). Por isso, o acompanhamento por especialistas é importante para análises criteriosas e bem fundamentadas. Há ainda a necessidade de acompanhamento constante do crescimento encefálico, além de orientações quanto a fisioterapias, fonoaudiologia, entre outros, visando a recuperação de algumas funções, com o intuito de trazer a criança para uma atividade o mais próximo possível da normalidade.

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