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01/08/2017

 

Borrachudo pode espalhar vírus perigoso, afirmam pesquisadores
Borrachudo pode espalhar vírus perigoso, afirmam pesquisadores
Dengue, zika, chikungunya e febre amarela foram doenças que preocuparam muito a população e as autoridades nacionais nos últimos tempos. Agora, há um novo vírus de ampla distribuição no Brasil e em outros locais da América do Sul, Central e no Caribe, que oferece uma ameaça à saúde: o oropouche. O alerta é do professor Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), que esteve presente na palestra sobre vírus emergentes, que aconteceu na 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de acordo com a Agência FAPESP. O vírus preocupa porque já se adaptou ao meio urbano e tem chegado cada vez mais próximo das grandes cidades brasileiras. Chamado de oropouche, pertence à categoria arbovírus (vírus transmitido por um mosquito, como o Zika e a febre amarela), causando febre aguda e, eventualmente, meningite e inflamação do encéfalo e das meninges (meningocefalite). ?O oropouche é um vírus que potencialmente pode emergir a qualquer momento e causar um sério problema de saúde pública no Brasil?, disse Figueiredo durante o evento. O pesquisador informou ainda que existem mais de 500 mil casos de febre do oropouche registradas nas últimas décadas. O que mais preocupa é que o vetor desse vírus é um mosquito muito comum no Brasil, o Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim ou borrachudo. Assim, o número de casos da doença deve crescer cada vez mais, uma vez que o vírus está deixando de se restringir aos pequenos vilarejos da Amazônia e agora está se alastrando pelas grandes cidades do país. O oropouche é um vírus que tem um grande potencial de emergência, porque o Culicoides paraensis está distribuído por todo o continente americano. O vírus pode sair da região amazônica e do planalto central e chegar às regiões mais povoadas do Brasil?, apontou o professor durante o fórum. Situação no Brasil Por aqui, o vírus foi isolado em aves no Rio Grande do Sul, em um macaco sagui em Minas Gerais e foi encontrada a presença de anticorpos neutralizantes (que se ligam ao vírus e sinalizam ao sistema imune que destrua aquele corpo estranho e o impeçam de completar a infecção com sucesso) em primatas em Goiânia, de acordo com a Agência FAPESP. ?Fizemos recentemente, em parceria com o professor Eurico Arruda (do Departamento de Biologia Celular da FMRP-USP) o diagnóstico de um paciente de Ilhéus, na Bahia, com febre oropouche. Isso mostra que o vírus tem circulado pelo país?, relatou o especialista. Os pesquisadores da faculdade já tinham identificado 128 casos da doença em 2002, em Manaus, e os sintomas eram típicos de uma infecção, como febre aguda, dores nas articulações, na cabeça e atrás dos olhos. Desse total, três deles tiveram uma infecção no sistema nervoso central. ?O vírus foi encontrado no líquor cefalorraquidiano desses pacientes?, afirma Figueiredo. Um desses três pacientes tinha neurocisticercose, uma infecção do sistema nervoso central pela larva da tênia do porco (Taenia solium), e outro também tinha Aids.

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