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10/08/2012

 

Cientistas descobrem dez novos genes ligados à diabetes tipo 2
Cientistas descobrem dez novos genes ligados à diabetes tipo 2
Uma equipe internacional de pesquisadores identificou dez novos genes relacionados à diabetes tipo 2. A descoberta, publicada na revista "Nature Genetics", eleva para 60 o total de regiões do DNA humano envolvidas na doença, que está ligada à obesidade e a uma resistência à insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda no metabolismo do açúcar no organismo. saiba mais Pré-diabetes afeta 12% da população brasileira e pode ser reversível Por dia, cerca de 500 brasileiros descobrem que têm diabetes Saiba como conseguir remédios de graça para diabetes e hipertensão Alzheimer e diabetes têm elo genético, aponta estudo americano Doces ou não, alimentos podem alterar as taxas de açúcar no sangue Os cientistas, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Michigan, ambos nos EUA, analisaram o DNA de 35 mil pessoas com diabetes tipo 2 e de 115 mil sem. Os estudiosos conseguiram obter um mapa completo das variações genéticas e dos processos biológicos em torno do problema. Dos dez novos genes observados, um deles mostrou maior efeito sobre os homens e outro, sobre as mulheres. De todos os 60, há os que estão ligados ao envelhecimento, ao processo de crescimento e divisão celular, e ao controle de outros genes, entre outras funções. Segundo o principal autor do trabalho, Mark McCarthy, do Centro de Pesquisa de Genética Humana Wellcome Trust, de Oxford, essas dez áreas do DNA levam a uma melhor compreensão da diabetes tipo 2, o que pode ajudar na criação de novos medicamentos. Apesar disso, os estudiosos dizem que os genes têm apenas uma pequena influência sobre o desenvolvimento da doença, que está mais ligada a maus hábitos de vida, como alimentação rica em gordura e açúcar e sedentarismo. O fato de esses dez novos genes terem sido descobertos, porém, não significa que os cientistas já possam dizer qual deles é responsável por qual mudança específica no DNA – o que deve ser o próximo alvo. Uma nova pesquisa de sequenciamento de genoma está sendo feita em Oxford, com 1.400 americanos e europeus com diabetes e 1.400 sem. Os resultados devem sair em 2013. Só no Reino Unido, quase 3 milhões de pessoas sofrem de diabetes (90% do tipo 2, o mais comum), e a estimativa é de que outras 850 mil tenham o problema e não saibam, por falta de diagnóstico. Se não tratada, a diabetes pode causar várias complicações à saúde, como danos cardiovasculares (infarto e derrame), danos aos nervos e cegueira. Mesmo um nível ligeiramente alto de glicose no sangue pode trazer prejuízos a longo prazo, destacam os cientistas.

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