Sacrificar o sono para estudar mais piora desempenho acadêmico
O ideal é manter um mesmo horário dedicado ao estudo todos os dias e aproveitar ao máximo as horas em que fica na escola.
Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, mostra que passar noites em claro para estudar mais não dá resultado. Alunos que dormem pouco em véspera de prova, por exemplo, apresentam um desempenho acadêmico pior. Esse efeito, segundo os autores do estudo, ocorre independentemente do quanto o jovem se dedica aos estudos no dia-a-dia.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: To Study or to Sleep? The Academic Costs of Extra Studying at the Expense of Sleep
Onde foi divulgada: periódico Child Development
Quem fez: Cari Gillen-O’Neel, Virginia Huynh eAndrew J. Fuligni
Instituição: Universidade da Califórnia, Los Angeles, Estados Unidos
Dados de amostragem: 535 estudantes de 14 a 18 anos
Resultado: Alunos que deixam de dormir ou dormem menos para estudar mais se saem pior na escola do que os outros, mesmo que estudem durante mais horas no dia
Isso não quer dizer, porém, que um aluno deva estudar menos para se sair melhor na escola. “O sucesso acadêmico depende de estratégias que evitem o sacrifício do sono. É preciso manter um mesmo horário dedicado ao estudo todos os dias e aproveitar ao máximo as horas em que fica na escola”, afirma Andrew Fuligni, um dos autores do estudo, que foi publicado nesta segunda-feira no periódico Child Development.
A pesquisa — Durante duas semanas, 535 estudantes de 14 a 18 anos relataram quantas horas estudavam e dormiam diariamente, e se haviam passado por alguma dificuldade na escola durante esse período (não compreenderam alguma matéria dada em aula, tiraram notas baixas em provas ou não conseguiram fazer a lição de casa). Os participantes que sacrificaram o sono para estudar mais, mesmo que tenham estudado durante mais horas do que os outros, apresentaram piores notas nas provas e maiores erros nos exercícios de lição de cas