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18/01/2018

 

Macacos são um alerta para a febre amarela: matá-los não é a solução
Macacos são um alerta para a febre amarela: matá-los não é a solução
Entre tantas informações que surgem diariamente sobre a febre amarela, somado ao medo e a insegurança da população, é quase inevitável que muitos boatos ganhem destaque. Um deles, que estava circulando pelas redes sociais, é o de que algumas pessoas estavam tentando matar os macacos que viviam nas áreas com maior incidência da doença. Não existem dados oficiais sobre esses atos, mas nós, do Minha Vida, acreditamos que a informação é a melhor forma de esclarecer esses mitos e evitar que eles continuem se propagando. Entenda abaixo a relação entre a febre amarela, os macacos e o surto da doença que preocupa o país. Macacos não são transmissores Você sabia que os macacos são vítimas, assim como nós, da febre amarela? "Os macacos adoecem por febre amarela tanto quanto o ser humano, são mais suscetíveis, mas não são vetores da doença", explica a infectologista Carolina Lázari, do Fleury Medicina e Saúde. Ou seja, eles não transmitem febre amarela. O processo de contágio é muito mais complexo do que o simples contato com o animal, algo que não faz com que se contraia a doença. "É preciso haver o mosquito, uma população suscetível, um sistema ecológico completo que gera o ciclo do vírus. O macaco não pode ser responsabilizado, porque nesse sentido o papel dele é como o do ser humano", completa a especialista. Entenda como é feita a transmissão da febre amarela Os macacos atuam como reservatórios do vírus da febre amarela, o que significa que eles já têm o vírus em seu organismo normalmente. Nesse contexto entram os mosquitos Haemagogus e Sabethe, comuns em áreas silvestres, e que são contaminados ao picarem os macacos. Esses mosquitos passam a ser vetores da febre amarela silvestre, transmitindo a doença para humanos ao picá-los. Existe também a febre amarela urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mais comum nas grandes cidades e áreas metropolitanas. Tanto a febre amarela urbana, quanto a silvestre, contém o mesmo vírus, o que muda é o agente transmissor, no caso, a espécie do mosquito. A febre amarela silvestre é considerada endêmica, ou seja, recorrente na região norte do Brasil e de maior incidência em zonas rurais. Já a febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942. Entenda mais aqui sobre os dois tipos de ciclo da febre amarela.

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