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30/08/2012

 

Ao contrário do que se imaginava, cirurgia de remoção do pâncreas não provoca diabetes incontrolável
Ao contrário do que se imaginava, cirurgia de remoção do pâncreas não provoca diabetes incontrolável
Como o pâncreas é o órgão responsável por produzir insulina, hormônio que reduz as taxas de glicose no sangue, muitos médicos acreditam que retirar completamente o órgão de pacientes com câncer ou cistos pré-cancerosos na região pode desencadear um caso de diabetes incontrolável. No entanto, uma pesquisa da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, concluiu que essa concepção pode estar equivocada e que as terapias de reposição de insulina são suficientemente eficazes para controlar a doença. Opinião do especialista Paulo Rosenbaum Endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein "Esse é um estudo pequeno que determina que o controle do diabetes entre pacientes que tiveram o pâncreas removido foi semelhante ao de pacientes com o órgão. A pesquisa revela que os tratamentos para o diabetes tipo 1 evoluíram muito, mas não mostra algo revolucionário. Seus resultados podem mudar o comportamento de cirurgiões mais conservadores, que optam por deixar um pedaço do pâncreas em pacientes com câncer — o que pode aumentar o risco de a doença voltar. O pâncreas produz, além de insulina, algumas das enzimas essenciais para a digestão. Por isso, essas enzimas devem ser repostas em pacientes que tiveram o órgão removido. Essas pessoas não vivem normalmente, mas conseguem controlar as doenças que surgem com a remoção do pâncreas." O estudo, publicado neste mês no periódico HPB Surgery, acompanhou durante vários anos 14 pacientes que tiveram o pâncreas inteiro removido. Depois, os autores compararam os resultados de exames de saúde desses pacientes aos de 100 pessoas que tinham diabetes tipo 1 e que precisavam fazer reposição de insulina. A equipe concluiu que os dois grupos apresentaram pouca dificuldade em controlar os níveis de açúcar na corrente sanguínea e não relataram complicações de saúde em decorrência da falta de produção do hormônio. “O que tem confundido por muito tempo a cirurgia de retirada do pâncreas em casos de câncer ou cistos pré-cancerosos é a noção de que, se o órgão for removido completamente, o paciente teria uma imensa dificuldade em controlar o diabetes resultante do procedimento. Por esse motivo, muitos profissionais tentam ao máximo evitar a retirada do órgão”, diz Michael Wallace, coordenador do estudo. Para o pesquisador, esses resultados devem tranquilizar os médicos cirurgiões na hora da decisão sobre a remoção total do pâncreas de um paciente. “Nós mostramos que, devido aos avanços recentes e fantásticos da terapia com insulina, pacientes sem o pâncreas podem controlar de forma eficaz o açúcar no sangue.” Os autores explicam que o problema de retirar apenas uma parte do pâncreas, como muitos médicos fazem, é que os pacientes podem desenvolver um câncer mais difícil de ser detectado na parte do órgão remanescente, ou então outros cistos pré-cancerosos que podem desencadear um câncer grave. "A decisão quanto à retirada do pâncreas é difícil para os cirurgiões, mas esse processo pode se tornar um pouco mais fácil agora que demonstramos que pacientes se saem bem mesmo após a cirurgia”, diz Wallace.

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