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Qualquer praticante de atividades físicas tem pavor só de ouvir a palavra lesão. E com a popularidade do Crossfit, um esporte de alto impacto e intensidade, muito se fala sobre os riscos de lesão nesse tipo de treino. Afinal, o Crossfit realmente aumenta o risco de lesões? De acordo com um publicado no The Journal of Strenght & Condition Research, sim, essa modalidade tem número acima da média de praticantes lesionados.A pesquisa do Programa de Treinamento em Trauma e Ortopedia de Gales, no Reino Unido, analisou 132 voluntários que praticavam Crossfit. Na análise, 73,5% revelaram ter sofrido algum tipo de lesão durante os treinos. Foram, no total, 186 lesões, sendo que 7% delas levaram a uma intervenção cirúrgica. Porém, segundo o texto de Bruno Smirmaul, mestre em Biodinâmica do Movimento e Esporte pela UNICAMP e doutor em Atividade Física e Saúde pela UNESP de Rio Claro, no portal EFBE (Educação Física Baseada em Evidências), é preciso ter cautela com as comparações.As comparações com outros esportes/atividades são apenas preliminares, devido a características como o tipo de população normalmente envolvida em cada tipo de esporte/atividade (nível de treinamento e experiência prévia, por exemplo), a não diferenciação de treinamentos ou competições (competições acarretam em maior número de lesões), a gravidade das lesões ocorridas em cada esporte/atividade, dentre outros fatores metodológicos de cada estudo", alerta Smirmaul. O que é Crossfit? A prática consiste na realização de exercícios funcionais que combinam força, resistência cardiovascular e respiratória, agilidade e flexibilidade entre si. São treinos de alta intensidade com tempo médio entre 40 e 60 minutos, levando o corpo ao seu extremo e desafiando seus limites.