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03/10/2012

 

Mais pessoas morrem na fila de espera para fazer redução de estômago no SUS do que na cirurgia, afir
Mais pessoas morrem na fila de espera para fazer redução de estômago no SUS do que na cirurgia, afir
Dados estimados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica mostram que o tempo médio na fila de espera para a operação de redução de estômago no Sistema Único de Saúde (SUS) é de 10 anos e a taxa de mortalidade é de 2,9%. "Ou seja, a estimativa da taxa de mortalidade na fila de espera é maior do que a da cirurgia que é de 0,14%", afirma Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCM). As declarações foram feitas durante o evento "A evolução da cirurgia bariátrica no Brasil e seu papel no combate à maior epidemia do século XXI", realizado no Johnson & Johnson Medical Innovation Institute. Segundo a SBCM e o Ministério da Saúde, no entanto, não é possível ter um número exato. "Ao contrário dos transplantes em que há estimativas de quantas pessoas estão na fila, não há um banco de dados para a cirurgia bariátrica e o tempo de espera", relata Iriney Rasera Júnior, especialista em cirurgia do aparelho digestivo. O Ministério da Saúde explica que o órgão é responsável por regular e determinar se o hospital pode ser considerado um centro de excelência no assunto, mas não cobra das instituições dados a respeito da fila de espera do procedimento, que segundo o Ministério, é de responsabilidade de cada gestor. Além da longa fila de espera pela operação, Rasera afirma ainda que pacientes que não residem no mesmo Estado de um das 77 Unidades de Assistência de Alta Complexidade ao Paciente Portador de Obesidade Grave, não conseguem tratamento pela rede pública de saúde. "Ele precisa morar em uma região que seja atendida por esses centros. Tem gente que até se muda e ainda assim precisa esperar por seis meses para comprovar a residência e ser atendido", afirma Rasera. No entanto, o Ministério da Saúde afirma que, apesar de não fiscalizar, ninguém deveria ficar sem receber atendimento, pois o SUS prevê tratamento fora de domicílio e realoca o paciente para a unidade com o serviço necessário para tratá-lo. A diferença no tratamento do paciente obeso pelo SUS e pela rede privada não se limita apenas na demora para realizar a cirurgia, mas também na maneira em que o procedimento é feito. A partir deste ano, todos os planos de saúde contratados de 1999 para cá cobrem a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia. Segundo Rasera, o método é mais indicado por ser menos invasivo, diminuir o tempo de operação e risco de hérnia. Já a rede pública realiza apenas a cirurgia bariátrica aberta convencional, em que o médico faz um corte de pelo menos 20 centímetros no abdome do paciente e conta com um tempo de recuperação de 30 a 60 dias, além de maiores chances de infecção hospitalar. Banalização Para Almino Ramos, vice-presidente da SBCM e diretor geral da clínica Gastro Obeso Center, o conforto da cirurgia causa alguns problemas para os médicos. "Antes quando era feito um corte grande para operar, as pessoas tinham medo e não queriam, mas agora como a cirurgia ficou menos invasiva e o tempo de recuperação é menor, é comum que as pessoas já tentem pular para esse caminho", explica Ramos. Ainda que a cirurgia esteja mais acessível para a população, a não banalização é uma responsabilidade dos médicos, na opinião de Ramos. "É preciso de médicos bons para não consentir uma operação em uma pessoa que quer engordar para depois poder passar pela cirurgia", alerta.

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