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07/02/2013

 

Tecnologia pode levar à impressão 3D de órgãos humanos em laboratório
Tecnologia pode levar à impressão 3D de órgãos humanos em laboratório
Cientistas da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, desenvolveram um processo de impressão 3D utilizando células-tronco humanas. A tecnologia pode abrir caminho para criar tecidos humanos tridimensionais em laboratório para transplantes e testes, eliminando a necessidade de doação de órgãos e o problema da rejeição entre pacientes. O pesquisador Will Shu e seus colegas utilizaram uma impressora com "método de válvula", que depositou um líquido contendo células-tronco embrionárias cultivadas em laboratório. As células foram expelidas com um minúsculo jato de ar e o fluxo foi controlado pela abertura e o fechamento de uma microválvula. As células vivas foram impressas em uma placa de petri e se agregaram e formaram uma esfera minúscula. "Esta é a primeira vez que essas células 3D foram impressas. A técnica nos permite criar modelos mais precisos de tecidos humanos que são essenciais para o desenvolvimento e testes da toxicidade de drogas in vitro. Como a maioria de descoberta de drogas tem como alvo as doenças humanas, faz sentido usar tecidos humanos. Em longo prazo, prevemos que a tecnologia permita criar órgãos viáveis em 3D para implantação médica a partir de células do próprio paciente, eliminando a necessidade de doação de órgãos, a supressão imunológica e que o problema da rejeição de transplante", afirma Shu. As células-tronco embrionárias humanas podem se replicar e dar origem a qualquer tipo de célula do corpo humano. Elas são apontadas como fontes de tecidos substitutos, reparando quase tudo, de corações a pulmões defeituosos a lesões na espinha. Os cientistas testaram previamente a impressão tridimensional, que usa tecnologia de jato de tinta, com outros tipos de células, inclusive as células-tronco adultas. Mas, até então, as células-tronco embrionárias, que são mais versáteis do que células maduras, demonstraram ser muito frágeis. Segundo os pesquisadores, as células-tronco embrionárias impressas mantiveram sua pluripotência, ou seja, a habilidade de se diferenciar e formar qualquer outro tipo de célula.

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