Menino ou menina? Com dois meses de gravidez é possível matar a curiosidade
A barriga mal começou a crescer e a curiosidade para saber o sexo do bebê pode ser sanada com uma pequena amostra de sangue. Chamado de exame de sexagem fetal, o teste é capaz de detectar a presença ou não do DNA do cromossomo Y (masculino) no sangue da mãe que, por ser mulher, só conta com o cromossomo X.
De acordo com o obstetra dr. Mário Burlacchini, responsável pelo Serviço de Medicina Fetal do Fleury Medicina e Saúde, a taxa de acerto desse exame é de 99% e o resultado sai em apenas cinco dias.
— No caso de gêmeos, se não for encontrado o cromossomo Y é possível dizer que os bebês são do sexo feminino. Mas, se o Y aparecer, não conseguimos afirmar se um ou os dois bebês são meninos.
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Apesar de o exame de sexagem fetal não trazer riscos para a saúde de mãe e filho, a desvantagem é que o teste está disponível apenas na rede privada e para matar a curiosidade é preciso desembolsar cerca de R$ 600,00.
Mais do que descobrir o sexo, a obstetra dra. Rita de Cássia Sanchez de Oliveira, chefe do Setor de Medicina Fetal do hospital Israelita Albert Einstein, avisa que o exame também serve como diagnóstico de doenças.
— Existem algumas doenças congênitas que acomentem apenas as meninas e, se detectadas de forma precoce (antes de 12 semanas), podem ser tratadas durante a gestação.
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A médica explica que a análise da placenta (biópsia de vilo corial) e do líquido amniótico (aminiocentese) são outros exames que, embora sejam realizados para detectar doenças genéticas, também respondem se o feto é menino ou menina, pois analisam todos os cromossomos, inclusive os sexuais.
— Geralmente, eles são feitos com 11 semanas, mas por apresentarem risco de até 1% de aborto, só são recomendados para mães ou bebês com fatores de risco.
Método tradicional
Disponível na rede pública de saúde, o ultrassom é o método mais popular para identificar o sexo do bebê. O problema é que para “desvendar esse segredo” os futuros papais precisam esperar até o início do quarto mês de gestação (16 semanas).
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Segundo a dra. Rita de Cássia, só nesse período é possível identificar com certeza a diferença nos órgãos genitais.
— Antes disso, no ultrassom morfológico realizada com 12 semanas, o médico até consegue dar um palpite, mas a probabilidade de acerto é de 90%. Como os grandes lábios e escroto ainda não estão formados, nos baseamos na posição do fálus — estrutura que dará origem ao pênis ou clitóris.
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A especialista brinca que “por ser apenas uma opinião não é recomendado começar a fazer o enxoval”. A mesma cautela, segundo ela, precisa ser adotada com o teste de urina comercializado em farmácias. Com a também promessa de identificar o sexo, o exame custa, em média, R$ 150,00.
— O exame pode ser feito a partir de 10 semanas, mas a chance de acerto é de apenas 60%.
Para as mamães que preferem palpitar sobre o sexo com base no formato da barriga e do nariz (arredondado ou pontudo), assim como na coloração da linha que se forma próxima ao umbigo, os especialistas avisam que isso é mito.
— Embora não tenhamos comprovação científica sobre essas crenças, nada impede os pais de sonhar, só não vale fazer o enxoval rosa ou azul.