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09/04/2013

 

Cientistas descobrem gene por trás de câncer agressivo de próstata
Cientistas descobrem gene por trás de câncer agressivo de próstata
Homens que sofrem câncer de próstata e que carregam um gene mutante podem desenvolver a forma mais agressiva da doença, alertam especialistas britânicos. O gene BRCA2 está geralmente relacionado a formas hereditárias de câncer de mama, próstata e ovário. Agora, os pesquisadores do Institute of Cancer Research, em Londres, e do Royal Marsden NHS Foundation Trust acreditam que, além de terem mais probabilidade de ter câncer de próstata, homens que carregam o gene BRCA2 têm menos chances de sobreviver a formas agressivas do tumor. O câncer de próstata pode se desenvolver devagar ou rapidamente, algo difícil de prever nos estágios iniciais da doença. Muitos homens convivem com o tumor a vida inteira sem manifestar sintomas. Muitos nem precisam de tratamento. Mas os cientistas alertam que os que sofrem de câncer de próstata e têm o gene defeituoso devem ser tratados o mais rapidamente possível porque neles há probabilidade maior de o tumor se espalhar. Tratamento imediato O professor Ros Eeles e seus colegas analisaram pacientes de câncer de próstata, incluindo 61 homens com o gene BRCA2, 18 com uma mutação genética similar conhecida como BRCA1 e outros 1.940 sem mutações genéticas. Eles concluíram que os pacientes com a mutação BRCA2 tinham menor chance de sobreviver ao câncer, vivendo cerca de seis anos e meio após o diagnóstico. Já os pacientes com a mutação BRCA1 e os que não apresentavam qualquer mutação viveram quase 13 anos após o tumor ser detectado. Os cientistas observaram que os pacientes com o gene BRCA2 ainda tinham mais chance de apresentar a forma mais avançada da doença já na época do diagnóstico. Na avaliação do professor Eeles, ′faz sentido começar a tratar esses pacientes com cirurgia ou radioterapia imediatamente, ainda nos primeiros estágios da doença′. A médica Julie Sharp, da organização Cancer Research UK, diz que o estudo sugere que os médicos devem considerar tratar este grupo de pacientes muito antes do que fazem atualmente. — Este é o maior estudo já feito sobre a relação entre câncer de próstata e o gene mutante, mostrando que os médicos devem começar tratamento logo, em vez de aguardar para ver como a doença se desenvolve.

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