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01/05/2013

 

Fatores biológicos tornam mulheres mais propensas à compulsão alimentar
Fatores biológicos tornam mulheres mais propensas à compulsão alimentar
Fatores biológicos tornam os animais do sexo feminino muito mais propensos à compulsão alimentar do que do sexo masculino. É o que mostra pesquisa realizada na Michigan State University, nos EUA. O estudo é o primeiro a estabelecer diferenças entre os sexos nas taxas de compulsão alimentar em animais e tem implicações para os seres humanos. Os resultados oferecem algumas das evidências mais fortes de que a biologia desempenha um papel importante nos distúrbios alimentares. A compulsão alimentar é um dos principais sintomas da maioria dos transtornos alimentares, incluindo bulimia e anorexia nervosa, e as fêmeas são de quatro a 10 vezes mais prováveis do que os homens de ter um distúrbio alimentar. "A maioria das teorias de por que os transtornos alimentares são muito mais prevalentes em mulheres do que em homens se concentram no aumento da pressão cultural e psicológica que as meninas e as mulheres enfrentam. No entanto, este estudo sugere que fatores biológicos também contribuem, já que ratos fêmeas não experimentam as mesmas pressões psicossociais que os seres humanos", afirma a autora da pesquisa Kelly Klump. Klump e seus colegas realizaram uma experiência de alimentação com 30 ratos machos e 30 ratos do sexo feminino ao longo de um período de duas semanas, substituindo a ração normal dos roedores periodicamente por glacê de baunilha. Eles descobriram que a taxa de ′propensão′ à compulsão alimentar, isto é, a tendência para consumir a maior quantidade de glacê em todos os ensaios de alimentação, foi até seis vezes maior nas fêmeas em comparação com ratos machos. "A tendência para a compulsão alimentar pode estar relacionada ao sistema natural de recompensa do cérebro, ou o grau em que alguém gosta e busca recompensa", afirma Klump. Os pesquisadores atualmente estão testando os ratos para ver se o cérebro feminino é mais sensível a estímulos gratificantes e os produtos químicos que desencadeiam o comportamento de recompensa. As respostas poderiam finalmente ajudar a melhorar o tratamento, aconselhamento e medicamentos, para aqueles com distúrbios alimentares. "Esta pesquisa sugere que há provavelmente uma diferença biológica entre homens e mulheres que precisamos explorar para entender os fatores de risco", conclui Klump.

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