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14/06/2013

 

Terapia genética utiliza vírus modificado para restaurar a visão
Terapia genética utiliza vírus modificado para restaurar a visão
Pesquisadores da University of California em Berkeley, nos EUA, desenvolveram um novo método para a introdução de genes em células do olho que pode expandir a terapia genética para ajudar a restaurar a visão de pacientes com doenças que provocam a cegueira. Ao contrário dos tratamentos atuais, o novo procedimento é rápido e não invasivo, e oferece genes normais a células difíceis de serem alcançadas ao longo de toda a retina. O tratamento pode combater doenças que variam de defeitos hereditários, como retinite pigmentosa, a doenças degenerativas do envelhecimento, como degeneração macular. Ao longo dos últimos anos, diversos grupos têm tratado com sucesso pessoas com uma doença ocular rara, hereditária, injetando um vírus com um gene normal diretamente na retina de um olho com um gene defeituoso. Apesar do processo invasivo, o vírus com o gene normal não foi capaz de atingir todas as células da retina que precisavam de fixação. "Enfiar uma agulha através da retina e injetar o vírus modificado por trás da retina é um procedimento cirúrgico arriscado. Mas os médicos não têm escolha, porque nenhum dos vírus de entrega de genes pode viajar todo o caminho até a parte de trás do olho para alcançar os fotorreceptores, células sensíveis à luz que precisam do gene terapêutico", explica o pesquisador David Schaffer. Agora, a equipe criou um vírus capaz de ser injetado no humor vítreo líquido dentro do olho e que oferece genes a populações de células muito delicadas de uma forma que não é cirurgicamente invasiva e que é segura. "É um procedimento de 15 minutos, e a pessoa provavelmente pode ir para casa no mesmo dia", ressalta Schaffer. O vírus funciona muito melhor do que as terapias atuais em modelos de roedores de duas doenças degenerativas dos olhos humanos, e podem penetrar nas células fotorreceptoras dos olhos dos macacos, que são como os dos seres humanos. Schaffer e seus colegas estão agora colaborando com médicos para identificar os pacientes com maior probabilidade de beneficiar desta técnica de entrega do gene. A pesquisa aparece na revista Science Translational Medicine.

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