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01/07/2013

 

Vitiligo: tudo que você deve saber sobre a doença
Vitiligo: tudo que você deve saber sobre a doença
O tão temido vitiligo é temido por falta de conhecimento. A doença que bloqueia a pigmentação da pele assusta desde o aparecimento até a confirmação do diagnóstico. As pessoas acreditam que a falta de cor que atacou Michael Jackson é irreversível. No entanto, engana-se quem pensa dessa forma, Ana Maria Costa Pinheiro, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, deixa claro que há tratamentos, e maneiras de brecar a doença, e recomenda prevenção, sempre! O que é o Vitiligo? Ana Maria - O vitiligo é uma doença autoimune, isso significa que certas células do sistema imunológico produzem substancias que bloqueiam a produção de pigmento, por isso a doença é caracterizada pelas manchas brancas, ou seja, falta de cor em algumas partes do corpo. A textura da pele é a mesma, porém com cores diferentes. Apesar de muitas pessoas ligarem a doença a uma herança genética, esta maneira não é a mais correta de caracterizar essa disfunção, pois a ideia de genética está apenas na predisposição para desenvolver o vitiligo. Quais são as causas? Ana Maria - Existem algumas teorias da causa do vitiligo, mas a mais aceita é a imunológica, em que essas substâncias impedem a produção da melanina. No entanto, ainda não se tem teorias comprovadas, que deem certeza das causas da doença. Há estudos desde sistema nervoso até substâncias presentes na borracha, mas nada comprovado cientificamente. Quais são os sintomas? Ana Maria - A pessoa não sente nada. Com o aparecimento da doença ela só vai observar as manchas que vão surgindo pelo corpo, podendo ser várias de uma vez, ou apenas uma, já que, existem alguns tipos de vitiligo, como o localizado (o mais comum), o generalizado, e o segmentar, que pega apenas uma região do corpo. Dentre os tipos de vitiligo há áreas em que a doença é mais comum, como por exemplo, ao redor dos olhos, na boca, nas articulações (joelho, cotovelo, tornozelo), no dorso das mãos, e, ainda, nos pés. É importante ficar atento, pois o vitiligo não escolhe idade. Como é feito o diagnóstico? Ana Maria - O diagnóstico é principalmente clínico, o dermatologista vai olhar o tipo de mancha para aplicar o melhor procedimento. Há ainda outra maneira de diagnosticar o vitiligo, existe uma luz chamada lâmpada de Wood, é um tipo de luz negra, que deixa a pigmentação branca mais visível e mais fácil de ser diagnosticada pelo médico. Muitas pessoas falam no procedimento da biopsia, no entanto, não é muito eficaz, já que, apesar da célula estar inativa, ela ainda se encontra na pele da pessoa, portanto, este teste não mostrará a funcionalidade desta célula na pele, o que torna este procedimento inconclusivo. Como é feito o tratamento? Ana Maria - O tratamento vai agir de duas maneiras: bloqueando a evolução da doença, e tratamentos que ajudem a repigmentar a pele. O primeiro será feito com remédios, são usadas substâncias que retirem este bloqueio imunológico, essas substâncias são as chamadas imunossupressoras, encontradas nos corticoides. Já a segunda maneira será feita com substâncias fotossensibilizantes, a fototerapia é um exemplo deste tipo de tratamento, o aparelho conta com uma lâmpada especial que emite radiação ultravioleta A, ou B. O paciente, então, se submete a sessões de acordo com a pele e a extensão atingida pela doença, mas geralmente, ele faz a aplicação duas ou três vezes por semana. O tratamento age impedindo que as células agravem a doença, e ajudam a repigmentar. Hoje, pode ser considerada a maneira mais eficaz de combate ao vitiligo. Principais recomendações da dermatologista Ana Maria Costa Pinheiro: 1) Em primeiro lugar: é importante ter em mente que quanto mais rápido a doença for descoberta mais eficaz será o tratamento. 2) O paciente não deve aceitar um diagnostico em que o médico diga que seu vitiligo não tem jeito, porque ninguém sabe qual será a resposta daquele tipo de pele ao tratamento. É verdade que algumas pessoas não respondem ao tratamento, no entanto, a maioria consegue reverter os danos causados pela doença. 3) Muito cuidado com tratamentos caseiros. Por ser uma área muito sensível os tratamentos devem sempre ter um acompanhamento médico e serem feitos com muito cuidado, se os devidos cuidados não forem tomados, a doença poderá ser agravada e virar até mesmo uma queimadura.

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