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Autoridades estaduais, encabeçadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), aproveitaram a posse do novo secretário de Saúde do Estado de São Paulo, David Uip, para cobrar mais recursos do governo federal para o SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com Alckmin, o Estado arca com R$ 80 milhões mensais para compensar o "subfinanciamento" da rede pública de saúde. O governador de SP ressaltou a necessidade de uma verba maior para o SUS. — Governar é escolher. O dinheiro nunca vai dar para tudo. Saúde demanda estruturação, trabalho sério, não pode ser mais ou menos, um trabalho bem feito não pode ser improvisado e São Paulo tem ajudado o Brasil todo. Precisamos de mais recursos e melhoria na gestão. O mesmo tom crítico foi usado pelo secretário recém-empossado e pelo antigo, Giovanni Guido Serri, que pediu demissão no mês passado. Alckmin defendeu que, além do governo federal, novas parcerias sejam articuladas, com as prefeituras municipais e a sociedade civil, para obter mais recursos para o SUS.Em seu discurso de despedida, Serri exaltou a regionalização da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo ele, uma das maiores conquistas de sua gestão foi a realização de mais trabalhos localizados em comunidades, especialmente no interior paulista. — A saúde é a área que mais cresce para empregar pessoas. Vivemos com os muitos desafios do SUS, com o subfinanciamento do serviço público e a falência das Santas Casas, por conta da tabela de valores praticada pelo Ministério da Saúde. O novo secretário, David Uip, estava na direção do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Professor titular de infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, ele também já foi diretor do InCor (Instituto do Coração). — Em 38 anos de carreira, essa é a maior, a mais desafiante e ao mesmo tempo a mais estimulante missão de minha vida profissional, dirigir a saúde do Estado de São Paulo, o que significa levar saúde de qualidade à população e contribuir com o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, o SUS. Uip afirmou também que deve buscar um maior diálogo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para obter mais recursos para a saúde de São Paulo. Segundo palavras do próprio secretário, “fazer saúde é cuidar das pessoas, e elas não podem esperar”, — Mais pessoas têm de ser atendidas e melhor. É direito do cidadão e um dever do Estado. A secretaria não fugirá da sua responsabilidade na minha gestão (...). São Paulo investe mais do que manda a emenda 29 e o governo federal deixa de enviar ao Estado R$ 1 bilhão ao ano. Os investimentos da União deveriam ser de 60% do total (gasto para custear a saúde paulista), mas hoje são apenas 43%.