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19/11/2013

 

Meu maior medo é prejudicar a saúde do bebê”, diz grávida com diabetes gestacional
Meu maior medo é prejudicar a saúde do bebê”, diz grávida com diabetes gestacional
Falta menos de um mês para a chegada de Guilherme. Mas, a mãe Fernanda Tavares, de 37 anos, vive um misto de ansiedade e preocupação. Ao mesmo tempo em que está na contagem regressiva para ver a carinha do segundo filho, a advogada também tenta seguir uma rotina saudável para driblar os efeitos do diabetes gestacional diagnosticado no sétimo mês de gestação. — O diabetes gestacional apareceu nas duas gravidezes. Na primeira vez, levei um susto e fiquei bem preocupada. Mais do que desenvolver diabetes tipo 2 no futuro, meu maior medo era em relação ao bebê vir a ter diabetes tipo 1. Procurei logo um endocrinologista para seguir o tratamento adequado e evitar qualquer prejuízo à saúde do bebê. O mesmo aconteceu agora. Assim como o diabetes tipo 1 e tipo 2, o gestacional também é caracterizado pela alteração das taxas de açúcar no sangue e, como o próprio nome sugere, aparece ou é detectado pela primeira vez na gravidez. Em entrevista ao R7 para a série especial, a ginecologista Karina Zulli, do Hospital São Luiz, estima que 15% das mulheres grávidas sejam atingidas pela doença. — Em geral, o diagnóstico é feito no final do segundo trimestre e início do terceiro, período que a curva glicêmica, exame que comprova o problema, é solicitada. Mas, se a mulher fizer parte do grupo de risco ou estiver ganhando mais de 1,5 kg por mês, assim como o bebê estiver crescendo ou engordando mais rápido do que o normal, o exame deve ser feito antes. Como a doença não tem sintomas é fundamental realizar o pré-natal adequado. “Nada deve ser proibido, nem mesmo o açúcar”, alertam médicos sobre diabetes Fernanda já havia apresentado o diabetes gestacional na primeira gravidez, assim “a chance de reincidência era quase certa”. Por conta disso, ela antecipou os cuidados com a saúde, mas mesmo assim não conseguiu evitar a doença. — Amo tomar café da manhã e esta foi a mudança mais radical na minha rotina. Troquei o pão francês e o pão de queijo pelo pão integral light. Também abri mão da fruta após o almoço. Geralmente como em outro horário. Tudo é uma questão de adaptação. Nutricionista ensina a preparar smoothie de baixas calorias Com uma dieta balanceada, o primeiro filho Pedro, que atualmente tem quase dois anos, nasceu saudável com 50 cm e quase 3,3 kg. Fernanda e o marido estão ansiosos pela chegada de Guilherme Fernanda e o marido estão ansiosos pela chegada de Guilherme Arquivo pessoal — Não tive nenhuma complicação no parto e estou confiante de que o mesmo se repetirá com o Guilherme. Além da dieta alimentar de baixa ingestão de carboidratos e aumento do consumo de fibras, a ginecologista Renata di Sessa, do Hospital Santa Catarina, reforça a necessidade da prática regular de atividade física. — O exercício físico só não é recomendado quando a gravidez é de risco. Caso contrário, a mulher deve se movimentar de duas a três vezes por semana, sem ultrapassar 140 batimentos cardíacos. Se ela nunca fez exercício, pode optar por atividade de baixo impacto, como hidroginástica, com acompanhamento de um profissional. A advogada admite que não conseguiu incluir uma rotina de atividade física, mas caminha bastante já que trabalha de metrô e vai muito a pé ao fórum. Para ter a certeza de que a glicemia está controlada, Fernanda faz quatro medições ao longo do dia. Veja como preparar delicioso manjar de coco sem açúcar Segundo a ginecologista Alessandra Bedin Rubino, do Hospital Israelita Albert Einstein, se a mãe não conseguir controlar a glicemia com dieta e exercício físico a insulina deve entrar em cena. — Se a doença não for tratada adequadamente, um dos riscos é de o bebê ter hipoglicemia [queda brusca da taxa de açúcar no sangue] ao nascer. Isso acontece porque no útero a criança está acostumada com um ambiente cheio de insulina [hormônio que retira a glicose do sangue] e quando nasce precisa se adaptar à nova realidade. A hiperglicemia também pode desencadear má formação, estimular o crescimento do bebê que terá dificuldade para nascer e, em casos mais graves, levar ao aborto. Mulheres que fazem parte do grupo de risco O diabetes gestacional pode aparecer em qualquer mulher, mas a ginecologista Renata ressalta o perfil que tem mais chances de apresentar o problema. —Mulheres com histórico de diabetes na família ou que já apresentaram diabetes gestacional em gestações anteriores, as que engravidam acima do peso ou engordam muito durante a gravidez, as que têm mais de 35 anos de idade ou, ainda, aquelas que apresentam alteração de colesterol e triglicérides. Mãe abandona emprego para cuidar de filha pequena com diabetes Neste caso, alerta a médica, “é muito importante fazer o rastreamento da doença desde o início da gravidez”. — Se a glicemia de jejum estiver igual ou acima de 90 mg/dl já é recomendado a realização da curva glicêmica, independentemente do estágio da gestação. A especialista do Hospital São Luiz acrescenta que mesmo a doença não sendo detectada no primeiro trimestre, “já é orientado a adoção de hábitos saudáveis como forma de prevenção”. Uma vez diagnosticado, o diabetes gestacional persiste até o fim da gravidez. Depois que o bebê nasce, é esperado o fim da produção de hormônios pela placenta e, consequentemente, a remissão do quadro. No entanto, Renata explica que nem sempre isso acontece. — A tendência é sumir, mas em alguns casos, as mulheres passam a conviver com o diabetes. Mesmo que isso não aconteça, é importante a mulher manter os hábitos saudáveis porque existe um risco maior de ela ser tornar diabética tipo 2 no futuro. Por ter consciência disso, Fernanda garante que vai manter os hábitos saudáveis para prevenir o diabetes tipo 2 no futuro, especialmente porque seu pai também é portador da doença. — Sei da importância da alimentação saudável e do exercício físico, por isso, assim que o Guilherme permitir, vou incluir a academia na rotina. Atenção com os quilos extras na gestação Na primeira gestação Fernanda conta que engordou um pouco mais do que o permitido, ou seja, 16,5 kg. Já desta vez, comemora ela, “até agora foram 10,5 kg”. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o aumento ideal de peso durante a gestação depende da condição da mulher antes da gravidez. A ginecologista do Einstein avisa que a recomendação de oito a 12 kg só vale para as mulheres que estão com o peso adequado. — Se a mulher estiver com excesso de peso, a orientação é não engordar quase nada. No máximo, cinco ou seis quilos. No caso de mulheres abaixo do peso, o ganho pode chegar a 20 kg. Depois do nascimento do bebê, se a mãe engordou dentro do esperado, a amamentação ajuda na recuperação da boa forma, uma vez que há um grande gasto calórico. Mesmo que o diabetes tenha sumido, as especialistas recomendam continuar com uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física. Sobre o risco de a criança ter diabetes, Karina diz que isso não é regra. Segundo ela, “a criança pode ter a doença se herdada geneticamente”. Mesmo assim, o endócrino-pediatra Luis Eduardo Calliari, da Santa Casa de São Paulo, reforça que “o consumo de açúcar não deve ser estimulado, independentemente de a criança ter ou não diabetes”. — Alimentação saudável é a regra número um para qualquer criança.

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