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21/11/2013

 

Cirurgia do diabetes pode ser mais eficaz que tratamento convencional
Cirurgia do diabetes pode ser mais eficaz que tratamento convencional
Um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, avaliou a eficácia da cirurgia do diabetes comparada ao tratamento convencional, com remédios orais e aplicação de insulina. Pesquisadores constataram que os pacientes que passaram pela cirurgia tiveram uma queda média de 21% nos níveis de glicose no sangue após um ano. Já o tratamento convencional resultou em um aumento de 11% da taxa. A cirurgia se mostrou eficaz também na redução do consumo de medicamentos orais e insulina. Antes da cirurgia, 84,3% dos pacientes estavam tomando medicação para controlar a doença e, um ano após o procedimento, apenas 22,4% ainda faziam uso de alguma substância. No grupo de tratamento convencional, porém, a porcentagem de pacientes que necessitam de insulina ou medicamento oral saltou de 66,7% para 82% em um ano. No grupo que passou pela cirurgia, os níveis de glicose no sangue passaram de uma média de 7,5% no pré-operatório, para 5,8% após um ano, fixando-se em 6,1% após três anos. Naqueles que receberam o tratamento convencional, os níveis aumentaram de uma média de 7% para 7,8% após três anos. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a cirurgia do diabetes pode ser indicada no tratamento de pacientes diabéticos tipo 2, com IMC (Índice de Massa Corpórea - peso dividido pela altura ao quadrado ) acima de 35. Ainda está em estudo pelo CFM a liberação do procedimento para pacientes com IMC entre 30 e 35. Para pacientes com o IMC abaixo de 30 a cirurgia ainda não é indicada. A Associação Americana de Diabetes recomenda manter os níveis de glicose no sangue abaixo de 7%. O diabetes é uma disfunção do metabolismo, que compromete a maneira como organismo absorve a glicose necessária para a manutenção das atividades vitais. Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é utilizada pelas células para produzir energia, usada pelo organismo. No entanto, para que a glicose possa adentrar as células, ela precisa da ajuda de outra substância, a insulina. A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, uma grande glândula localizada atrás do estômago. Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo. Nas pessoas com diabetes, porém, o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada à insulina produzida. Assim, a glicose do sangue vai direto para a urina sem que o corpo se aproveite dela, ou fica no sangue, aumentando as taxas de glicemia, concentração de glicose nas células. Acredita- que o diabetes está diretamente relacionado à obesidade. Embora não se prove uma relação direta, a maioria dos diabéticos são obesos e as causas da doença estão no histórico familiar e nos hábitos de vida. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 67,6% dos entrevistados têm peso normal ou sobrepeso e grande parte deles, 79,6%, são portadores do tipo 2 da doença, ou seja, tipo adquirido pela ingestão excessiva de açúcar na dieta. Quase 95% dos pacientes tem diabetes tipo 2, que começa na vida adulta, geralmente após os 40 anos de idade. Os cinco por cento restantes são diabéticos tipo 1 (que em geral aparece na infância e são dependentes da insulina).

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