Hipertensão dobra o risco de um segundo derrame, diz estudo
Manter a pressão sistólica maior do que 15 duplicou, também, as chances de ataque cardíaco e de morte por complicações no sistema vascular no grupo analisado
Manter a pressão sanguínea sob controle pode diminuir pela metade a chance de um novo acidente vascular cerebral (AVC) em sobreviventes do derrame, que ocorre quando há o entupimento dos vasos sanguíneos do cérebro. Essa é a conclusão de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira no periódico Stroke.
Os pesquisadores analisaram dados de 3.680 participantes com 35 anos ou mais. Todos os voluntários já tinham passado por um AVC isquêmico e foram submetidos a testes de fatores de risco, como a pressão sanguínea. As medições foram realizadas no início do estudo, um mês após a primeira avaliação e, a seguir, de seis em seis meses por um período de dois anos.
Leia também:
Derrame: ameaça à saúde feminina
Segundo estudo, AVC pode atingir fumante uma década antes do que quem não fuma
Os cientistas constataram que menos de 30% dos sobreviventes do derrame mantiveram a pressão sanguínea controlada em 75% das medições. Entre os indivíduos com pressão elevada (sistólica acima de 15), o risco de um segundo derrame foi 54% menor entre os que controlaram a pressão por 75% das medições, comparados àqueles que mantiveram bons índices em menos de 25% das medições. A pressão é considerada controlada quando está, no máximo, a 14 por 90.
"A variabilidade da pressão sanguínea foi associada, também, a duas vezes mais riscos da pessoa ter um ataque cardíaco ou de morrer por complicações no sistema vascular", diz a líder do estudo, Amytis Towfighi, da Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos. Medidas que ajudam a manter a pressão sob controle incluem diminuir o consumo de sal, exercitar-se regularmente e ter uma dieta rica em grãos integrais, frutas e vegetais.