Entenda a diverticulite, doença que atingiu Dilma
Condição é caracterizada por uma inflamação no intestino grosso e pode ser provocada por fatores genéticos, má alimentação e stress
A presidente Dilma Rousseff está com diverticulite, uma doença intestinal que pode ser desencadeada por fatores como a idade e o stress. Como parte do tratamento, Dilma está fazendo uso de antibióticos — sem, no entanto, desacelerar o ritmo de seus compromissos profissionais, uma das recomendações para controlar problema.
A diverticulite tem maior incidência entre pessoas acima dos 50 anos, mas também pode atingir pacientes mais jovens. Ela ocorre quando há inflamação dos divertículos, pequenas hérnias que podem aparecer no interior do intestino grosso com o avanço da idade — cerca de 80% dos idosos com mais de 70 anos têm divertículos, e um terço deles terá diverticulite.
De acordo com Angelita Habr-Gama, gastroenterologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e professora titular de cirurgia da Faculdade de Medicina a USP, além da idade, existem outros fatores que aumentam o risco do surgimento de divertículos no intestino, como hereditariedade, alimentação rica em gordura, sedentarismo e altos níveis de stress. "Os divertículos são formados com uma contração da musculatura do intestino. O stress aumenta essas contrações e favorece a ocorrência de inflamação", diz a médica.
Ter tido um câncer no passado — como Dilma, diagnosticada com linfoma em 2009 — não está relacionado ao risco de diverticulite. "A diverticulite não tem absolutamente nada a ver com tumor. A doença também não desencadeia o câncer", diz Angelita.