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05/09/2014

 

Câncer de intestino: nova técnica endoscópica permite detecç
Câncer de intestino: nova técnica endoscópica permite detecç
Com alto grau de incidência no Brasil, doença começa como lesão benigna, mas pode ser fatal. O intestino é formado por duas grandes regiões: uma parte mais fina, o delgado, relacionada à digestão e a absorção dos alimentos, e o intestino grosso, responsável pela absorção da água, pelo armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão. O câncer no intestino delgado é bastante raro. Porém, no intestino grosso, ou cólon, a doença é bem mais frequente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde, o câncer de intestino já é, no Brasil, o segundo tumor mais incidente em mulheres e o terceiro em homens – este ano, serão 15.070 novos casos em homens e 17.530 em mulheres. Discutir o problema e apontar soluções que amenizá-lo é motivo, nesta sexta-feira e sábado, na Associação Médica de Minas Gerais, do 9º Seminário Mineiro de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva de Minas Gerais. O encontro reunirá médicos de todo o país em torno de novidades relacionadas à coloproctologia, à gastroenterologia e à endoscopia digestiva, especialidades que previnem e tratam doenças ligadas ao intestino. Entre elas, está uma nova técnica endoscópica, ainda não disponível em Minas, mas que se mostra um grande avanço no combate à doença. Segundo o endoscopista do Hospital Sírio Libanês José Luis Paccos, trata-se da endomicroscopia confocal, capaz de obter imagens de alta resolução da camada mucosa do trato gastrointestinal (do esôfago ao reto). A técnica (veja infografia) baseia-se na iluminação da mucosa com um laser, que é absorvido por um agente fluorescente, sendo a luz depois refletida para a captura das imagens, que ficam mais nítidas e aumentadas. “Fazemos um exame em tempo real com a vantagem de a análise ser em nível celular, como num microscópio convencional. É uma técnica não invasiva, que detecta com toda a segurança várias doenças”, afirma José Luis Paccos. O exame é feito com o mesmo aparelho de endoscopia. As principais contraindicações do exame são gravidez, asma, insuficiência renal e antecedentes de alergia aos produtos utilizados no exame. O médico lembra que, apesar de ser uma técnica em desenvolvimento desde 2004, somente agora a endomicroscopia confocal está sendo regularizada pelos órgãos competentes e adotada comercialmente. “Poucos centros de saúde contam com equipamentos para realizá-la. Somente a Santa Casa de São Paulo, por meio do Centro Franco-Brasileiro de Ecoendoscopia, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, uma fundação de saúde do Rio Grande do Sul e agora o Hospital Sírio Libanês”, revela José Luis Paccos. O médico ressalta que a técnica, ao atuar em nível celular, permite detecção bem mais precoce do câncer, evitando assim tratamentos mais pesados, como químio e radioterapia. E devido à ótima precisão, no caso de retirada de material para biópsia, consegue-se escolher com extrema capacidade apenas o que realmente precisa ser extraído, além de identificar também outras doenças inflamatórias. *Clique na imagem abaixo para aumentar o tamanho do texto, caso seja necessário.

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