Os raios solares são os estímulos perfeitos para a produção da vitamina D no organismo. No entanto, mesmo que a produção do nutriente seja ampla com a incidência dos raios ultravioleta, este nutriente também pode ser encontrado, em menor escala, em alguns alimentos. Pesquisa sobre hábitos alimentares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2011, aponta, contudo, que os brasileiros não consomem a quantidade indicada de vitamina D.
Para aqueles que desconhecem, a vitamina D necessita de gordura para ser absorvida e estes tipos de nutrientes são conhecidos como lipossolúveis. A principal fonte de produção ocorre por meio da luz solar, e essa exposição aos raios ultravioleta desenvolve algumas funções benéficas ao organismo ao estimular a absorção de cálcio, favorecer a força da estrutura óssea e dentária, viabilizar a atuação do fósforo no corpo, e atuar como agente controlador da secreção de insulina, o que contribui no controle da glicemia (açúcar no sangue). Quanto à alimentação, esta vitamina pode ser encontrada em grande quantidade no óleo de fígado de peixe, sobretudo o bacalhau, segundo a nutricionista e docente do curso de Pós-Graduação em Nutrição do Centro Universitário São Camilo, Dra. Samantha Rhein. Em menor quantidade, os sucos, os cogumelos, os peixes como atum, salmão e sardinha, e a gema de ovo, são alimentos que também possuem o elemento. Ainda que o brasileiro esteja com baixa incidência da vitamina D, a especialista revela que em países com clima tropical, como o Brasil, o índice de radiação solar está acima de outros países frios como o Chile e a Argentina. Isso ocorre porque a intensidade dos raios ultravioleta é menor e a permanência dos indivíduos em ambientes fechados, principalmente entre os idosos, facilita o surgimento da hipovitaminose D, doença originada da falta de vitamina D, que pode causar danos permanentes nos rins, osteoporose e levar à morte. "A hipovitaminose em crianças pode comprometer o desenvolvimento ainda na vida intrauterina e, quando exposta a um ambiente com baixas concentrações deste nutriente, poderá apresentar deformidade craniana e má formação óssea", alerta a Dra. Samantha Rhein. Ao menor sinal de sintomas como fraqueza, irritabilidade e náuseas, indícios comuns da doença, é preciso recorrer a uma avaliação profissional. Usufrua da vitamina D com cuidado Mesmo que as consequências da hipovitaminose D sejam graves, hábitos simples podem minimizar e combater a doença. Embora a exposição aos raios ultravioleta seja determinante para o aproveitamento desta vitamina, é imprescindível não pecar pelo excesso e observar o horário adequado para tomar sol. Especialistas recomendam evitar o período entre 10h e 16h (para evitar o câncer de pele) e se expor aos raios ultravioleta durante 20 minutos por dia é suficiente para estimular a produção da vitamina D. |