Clickweb Agência Digital
Multplanos Consultoria
Vendas: (43) 3343-2001 Solicite uma visita!

Notícias


26/11/2014

 

Em meio à epidemia da obesidade.
Em meio à epidemia da obesidade.
Em meio à epidemia da obesidade, especialistas criticam a banalização da bariátrica Em meio a uma epidemia de obesidade, vivemos também a banalização da cirurgia bariátrica. É o que defende o coordenador da Comissão de Prevenção e Combate da Obesidade da Associação Médica Brasileira (AMB), Rogério Toledo. Já o presidente da regional paranaense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, Antônio Carlos Valezi, diz acreditar ser natural que o número deste tipo de cirurgia aumente diante do crescimento do número de casos de obesidade em Londrina, assim como no Brasil e no mundo. De acordo com dados do governo federal, o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde aumentou 45% entre 2010 e 2013, de 4.489 para 6.493. Em Londrina, foram 321 cirurgias pelo SUS entre setembro de 2013 e o mesmo mês deste ano. No mesmo período, foram solicitadas 493 cirurgias de gastroplastia à Unimed de Londrina. Dessas, 438 foram autorizadas e 55, negadas. De acordo com Valezi, entre os principais motivos para as negativas estão pacientes com peso inferior ao considerado necessário para o procedimento. Questionado sobre a orientação de médicos para que seus pacientes engordem para se submeter à intervenção, o médico foi enfático. “Pelo amor de Deus, isso é um absurdo. Uma prática completamente condenável.” O presidente regional paranaense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica lembra que além de atender aos pré-requisitos clínicos, a preparação do paciente deve ter acompanhamento psicológico e nutricional. Efeitos psicológicos A psicóloga mestre pela Universidade de Harvard e especialista em transtornos alimentares, Nara Estella, lembra que a cirurgia bariátrica tem efeitos psicológicos profundos. “A compreensão e adaptação emocional ao novo corpo é um processo difícil e longo, portanto o acompanhamento psicológico é essencial.” Nara afirma que durante o processo preparatório, os hábitos e comportamentos alimentares do paciente são investigados. Além disso, é exposto ao paciente os possíveis riscos da cirurgia. “A terapia deve continuar pelo menos até que o paciente tenha uma adaptação às mudanças decorrentes do procedimento de uma maneira saudável. Esse tempo, claro, pode variar de um paciente para outro.” A psicóloga defende que apesar do principal objetivo da cirurgia bariátrica ser a redução do peso, o paciente só deve ser submetido ao procedimento quando as consequências físicas da obesidade são maiores que os riscos associados à cirurgia. Valezi concorda e afirma que o paciente que irá se submeter à intervenção cirúrgica deve estar consciente de que o procedimento implica mudanças de hábitos para a vida toda. “Não adianta nada fazer a bariátrica e continuar sedentário, com uma alimentação ruim. Se a pessoa não estiver comprometida a mudar realmente sua vida, não vai conseguir aproveitar os benefícios da cirurgia, só a parte ruim, difícil.” Acompanhamento pré-cirúrgico é longo, mas necessário, diz paciente Vanderson dos Santos, de 25 anos, se submeteu à cirurgia bariátrica em janeiro deste ano. Desde então, perdeu 55 quilos. “Estou com 103 quilos, mas ainda tenho muito o que perder.” Santos conta que a cirurgia foi uma indicação médica, mas que apesar da necessidade, sempre sentiu medo do procedimento. “Nunca pensei como seria o pós-cirúrgico, se a minha vida, minha alimentação, mudariam. Não queria fazer a cirurgia porque tinha medo dela em si. Dos riscos de vida que uma cirurgia representa.” Desde o início do acompanhamento médico até o procedimento, Santos foi acompanhado por mais de um ano por endocrinologista, psicólogo e nutricionista. “Eu, sinceramente, achei o processo longo. Poderia ser mais enxuto.” Mas ele reconhece que o acompanhamento é importante para esclarecer os riscos e todas as mudanças físicas e psicológicas envolvidas em uma cirurgia bariátrica. “Na verdade, quem dá entrada no processo já está convencido que quer a mudança.” Da mesma forma que Santos relata com tranquilidade o período pré-cirúrgico, conta das mudanças resultantes da cirurgia. Para ele, apesar de recente, o procedimento já resultou em transformações importantes e positivas. “Minha disposição para exercícios físicos é outra, minha dor no joelho acabou e eu me adaptei muito bem aos novos tamanhos de porções - menores e mais baratas. Só aconteceram coisas boas. Quem precisa, tem indicação, tem que fazer. Se eu precisasse, faria de novo.”

Área Restrita

Faça seu login nos campos abaixo e tenha acesso à nossa área restrita

E-mail
Senha
H1N1
Fone: (43) 3343-2001 - Londrina - PR
Rua Senador Souza Naves, 1744