Dormir cedo ajuda a eliminar pensamentos negativos.
Dormir cedo ajuda a eliminar pensamentos negativos.
De acordo com pesquisa, pessoas que dormem tarde e pouco têm mais risco de desenvolver doenças como depressão e transtorno obsessivo-compulsivo
Pessoas que vão se deitar depois da 1 hora da manhã e que dormem menos de seis horas e meia por noite tendem a ser mais pessimistas do que aquelas que têm uma rotina de sono regular. Além disso, esses indivíduos têm mais risco de desenvolver doenças psiquiátricas como depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Esses foram os resultados de um estudo publicado na quinta-feira no periódico Cognitive Therapy and Research.
Participaram da pesquisa 100 pessoas de, em média, 20 anos. Todas foram submetidas a um questionário que avaliava o quanto cada uma era preocupada, pensativa ou obsessiva, características do pensamento pessimista. Elas também foram perguntadas se preferiam ficar acordadas de manhã ou à noite e se dormiam em horários regulares ou tarde da noite.
Foram consideradas pessoas pessimistas aquelas que têm, por exemplo, pensamentos rotineiros sobre experiências irritantes que se repetem e que são persistentes. Além disso, que se preocupam muito sobre o futuro e são apegadas ao passado.
Conclusão — Os pesquisadores constataram que os participantes que dormiam menos de seis horas e meia por noite e que iam se deitar depois da 1 hora da manhã tinham experiências recorrentes de pensamentos negativos e pessimistas. Assim, de acordo com os autores, não dormir regularmente está associado ao desenvolvimento de problemas como transtorno de ansiedade generalizada, depressão, stress pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de ansiedade social.
“Se novas descobertas sustentarem a relação entre o tempo de sono e o pensamento negativo repetitivo, pode-se criar um novo tratamento para pessoas com esses transtornos”, diz Meredith Coles, coautora do estudo e professora da Universidade Binghamton, nos Estados Unidos.
Sono — Más noites de sono não estão associadas apenas a transtornos psiquiátricos. Diversos estudos já constataram também que a insônia eleva o risco de insuficiência cardíaca, derrame e diabetes.