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03/05/2012

 

Chupeta pode estimular aleitamento materno
Chupeta pode estimular aleitamento materno
Sempre polêmica e descartada por pediatras e dentistas, a chupeta voltou à cena com novo papel. De acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos, ela pode auxiliar na amamentação dos recém-nascidos. Os cientistas que conduziram o estudo afirmam que, além de não atrapalhar as mamadas como se temia, a chupeta dada nos primeiros dias de vida estimula a amamentação no peito.

O protocolo médico internacional vigente diz que a chupeta prejudica a sucção e interfere na amamentação natural. Por isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que as maternidades não forneçam chupetas aos recém-nascidos.

Os pesquisadores americanos resolveram verificar essa norma e se debruçaram sobre dados de 2.249 crianças nascidas entre junho de 2010 e agosto de 2011 na maternidade da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon.

Os resultados mostram que a taxa de aleitamento natural na maternidade estudada diminuiu de 79% para 68% após a abolição das chupetas, em dezembro de 2010. Além disso, a proporção de bebês que receberam alimentação suplementar aumentou de 18% para 28%.

"O efeito do uso de chupeta no início e durante o aleitamento materno não foi bem estabelecido na literatura médica", diz Laura Kair, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, uma das coordenadoras do estudo.

Apesar dos resultados da pesquisa, os pediatras mais céticos não abrem mão do protocolo internacional. Eles alegam que o estudo sozinho vai contra as recomendações da OMS, que foram baseadas em muitas pesquisas científicas.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das maternidades segue as normas da OMS e aboliu as chupetas (337 delas têm um certificado do ministério por seguirem o protocolo).

Os autores do trabalho pretendem realizar novas pesquisas sobre a relação da chupeta com o aleitamento.

Essa é a segunda vez no ano na qual a chupeta volta ao debate. Em fevereiro, cientistas, também dos EUA, publicaram um estudo relatando menor incidência de morte súbita (morte repentina de bebês de até um ano) em crianças que usavam chupeta após três semanas de vida.

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