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17/05/2012

 

Cuidados com o coração começam pela boca
Cuidados com o coração começam pela boca
Uma boca com higiene inadequada pode ser a chave para o início de problemas no coração. Bactérias que fazem parte da flora bucal são as causadoras da endocardite, uma doença que ataca as válvulas do coração e pode chegar a casos extremos se não for tratada em tempo. "Quanto pior a saúde bucal de um paciente, maior é a predisposição para doenças cardíacas", comenta Everton Dombeck, cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini.

A endocardite é uma doença com longo percurso clínico, ou seja, pode demorar a ser descoberta e chegar a causar problemas muito graves a saúde do paciente. Em casos de diagnóstico tardio, o desenvolvimento da doença pode causar insuficiência renal, edema pulmonar e embolia cerebral, em função da formação de coágulos a partir do coração, que podem levar a morte. "Nos casos de endocardite, 25% dos pacientes correm risco de óbito pela falta de tratamento adequado em tempo", explica Marcos Bubna, chefe da cardiologia do Hospital Costantini.

A bactéria entra na corrente sanguínea através de lesões na cavidade bucal, chega até o coração e se aloja, onde começa a se proliferar. "É importante salientar que nem todos os que têm infecções na cavidade bucal vão desenvolver a endocardite", comenta Dombeck. Para desenvolver a doença, além da baixa qualidade da higiene bucal e de uma lesão na gengiva, a pessoa precisa ter algum problema no coração, principalmente nas válvulas, além de uma predisposição genética para doenças cardiológicas. Entretanto, a prevenção é a principal forma de evitar a endocardite. "O cuidado com a higiene dos dentes e da boca é fundamental, inclusive para saúde do coração", alerta o cardiologista.

Os primeiros sintomas da endocardite podem demorar a aparecer e, a princípio, são indícios que não direcionam especificamente para essa doença. "Uma febre de origem desconhecida, dores no corpo e um quadro infeccioso que lembra uma gripe são geralmente os primeiros sinais da endocardite", comenta Bubna. Outras manifestações podem aparecer já em um estágio mais avançado da doença, como queda no estado geral do pacientes, dores mais intensas pelo corpo e perda de peso. A doença pode ser diagnosticada com um exame físico que escuta o novo sopro no coração, com o ecocardiograma e análises do sangue, além da história clínica do paciente. "O importante é que a doença seja descoberta logo no início", defende Bubna.

O tratamento da endocardite é feito com a administração de antibióticos endovenosos, e o paciente precisa ficar internado por um período mais longo, geralmente quatro semanas. "Em casos mais graves, quando a infecção na válvula é muito grande, com um dano extenso ou quando existem embolizações periféricas, pode ser necessária a cirurgia cardíaca para substituição da válvula lesada", explica Bubna.

A endocardite não atinge o paciente em um período específico da vida. Por ser uma doença que depende da combinação de predisposição genética e falta de higiene bucal adequada, pode acontecer em qualquer idade. "Há casos, inclusive, de crianças que desenvolveram a doença", comenta Dombeck.

Cuidado também no dentista

Estima-se que pelo menos 40% das endocardites infecciosas tem origem bucal. E por isso é importante o cuidado tanto em casa quanto no consultório. "Para pessoas com alguns tipos de problemas cardíacos, antes do tratamento odontológico é necessária uma cobertura de antibiótico, ministrado uma hora antes do atendimento", explica Rubens Pinho, cirurgião-dentista. Além disso, ele considera fundamental que na primeira consulta o paciente responda um histórico médico-odontológico para identificar as condições de saúde e para os casos de risco, o dentista deve conversar com o médico para uma orientação. "É importante a manutenção da saúde bucal com visitas periódicas ao dentista e uma higiene bucal adequada para prevenção das endocardites", afirma.

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