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26/05/2013

 

Tecnologia permite detectar câncer de próstata através de teste de urina caseiro
Tecnologia permite detectar câncer de próstata através de teste de urina caseiro
Cientistas da University of California em Irvine, nos EUA, criaram uma maneira de identificar marcadores clinicamente utilizáveis para o câncer de próstata na urina, o que significa que a doença pode ser detectada muito mais cedo, com maior precisão e menor custo. A pesquisa sugere que o exame para diagnóstico precoce do câncer de próstata pode se tornar tão fácil para os homens quanto o teste de gravidez para mulheres.A mesma tecnologia poderia ser usada para o câncer de bexiga e vários tipos de câncer mieloma, que também lançam marcadores identificáveis na urina. "Nosso objetivo é um dispositivo do tamanho de um teste de gravidez caseiro com preços em torno de US$ 10. Você poderia comprá-lo na farmácia ou na mercearia e testar sozinho", afirma o autor correspondente do estudo, Reginald Penner. Cerca de 240 mil homens nos EUA são diagnosticados com câncer de próstata a cada ano, e 29 mil devem morrer da doença em 2013. No entanto, o teste atual amplamente utilizado nem sempre consegue detectar a doença em seus estágios iniciais, muitas vezes produzindo falsos positivos e podendo levar a tratamentos arriscados e desnecessários. Um relatório recente concluiu que o teste para o antígeno prostático específico ou PSA pode ser mais prejudicial do que benéfico, embora continue a ser importante para a detecção de câncer de próstata recorrente. Os pesquisadores dos EUA usaram um biomarcador diferente, PSMA, e planejam testar outros para identificar se o câncer está crescendo de forma agressiva ou não. "Um grande problema é que a abordagem utilizada agora não detecta o câncer cedo o suficiente. Queremos que esta seja uma tecnologia inovadora que vai mudar a forma de salvar vidas e que vai derrubar drasticamente os custos de saúde", afirma o coautor Gregory Weiss. A equipe usou uma combinação de produtos químicos facilmente disponíveis e sensores eletrônicos originais para criar o processo de triagem. Sal na urina ajuda a conduzir eletricidade, mas também torna-se um desafio para biossensores típicos para diferenciar os "sinais" de moléculas de câncer de "ruídos" em torno deles nos eletrodos. Os cientistas criaram um novo tipo de sensor. Eles acrescentaram receptores de proteína em nanoescala a pequenos vírus chamados fagos que vivem somente dentro de bactérias. O duplo acondicionamento dos fagos com receptores adicionais aumenta a captura e transmissão de sinais da molécula do câncer. "Nós adicionamos uma alta concentração do vírus, e eles ficam presos diretamente no eletrodo. Estamos comprimindo o sinal de acordo com o marcador de câncer, e ele permanece mais alto do que em todos os outros materiais. Para nossa surpresa, ele funciona muito bem com os ingredientes que compõem a urina", afirma o principal autor Kritika Mohan. O próximo passo da equipe é conduzir ensaios clínicos humanos, que os investigadores esperam que possam ser feitos muito rapidamente uma vez que o teste não é invasivo. O método foi patenteado e licenciado, e um parceiro comercial foi identificado.

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