Transformar células da pele em neurônios pode ajudar a tratar Alzheimer
Duas equipes de cientistas chineses conseguiram transformar células da pele em neurônios, uma nova técnica que eventualmente poderá ser usada para tratar doenças como o Alzheimer. A descoberta, descrita em dois estudos publicados no início de agosto na revista científica Cell Stem Cell, foi definida por especialistas como uma possível revolução no tratamento de doenças degenerativas do cérebro.
O primeiro estudo, conduzido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, recolheu amostras de pacientes com Alzheimer e as modificou de modo que elas desligassem o gene das células de pele e ativassem os genes típicos de células neurais. Após diversos testes, os cientistas chegaram a sete moléculas capazes de fazer essa transformação e as batizaram de VCRFSGY, de acordo com as iniciais das substâncias utilizadas. Depois de algumas semanas, os pesquisadores finalmente obtiveram os neurônios artificias, porém maduros e funcionais.
Já o segundo estudo, coordenado por cientistas da Universidade de Pequim, conseguiu o mesmo feito, só que com ratos criados em laboratório.
A expectativa é de que essa nova descoberta possa ser usada no futuro para ajudar no tratamento de pessoas com Alzheimer e outras doenças degenerativas do cérebro, a partir da criação de neurônios com as células da pele do próprio paciente.