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07/10/2019

 

Soluço pode persistir e virar um tormento diário. Entenda problema
Soluço pode persistir e virar um tormento diário. Entenda problema
Considerado condição rara, o soluço persistente só cessa durante o sono e nem sempre tem explicação; tratamento chega até ao uso de marca-passo Inesperado e inconveniente, o soluço costuma passar em poucos minutos, na maioria dos casos. No entanto, algumas pessoas chegam a conviver por anos com esse problema, diariamente. É o chamado soluço persistente ou incoercível (que não para), uma condição rara, mas que causa prejuízos à saúde e à vida social das pessoas acometidas. O soluço é um espasmo involuntário e repetido do diafragma (músculo fino localizado abaixo dos pulmões e que auxilia na respiração). O Manual Merck de Diagnóstico e Tratamento ressalta que "os médicos não sabem por que os soluços ocorrem, mas acham que podem envolver irritação dos nervos ou das partes do cérebro que controlam os músculos da respiração (incluindo o diafragma)". Os episódios normais de soluço, apesar de não terem causa óbvia, podem ser acionados pelo consumo de álcool, estômago inchado, ingestão de substâncias quentes ou irritantes e também pelo simples falo de falar enquanto come. No caso do soluço crônico, o médico neurologista Daniel Ciampi, do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), explica que pode ter ligação com alguma doença. "Uma pessoa que tem soluço crônico pode ter doenças que teriam que ser diagnosticadas, por exemplo, a neuromielite óptica, lesões no pescoço, no tórax, algum tumor. Nesses casos, é preciso identificar a doença de base." Mas há pessoas que não têm um problema que justifique. "Aí é preciso tratar o próprio sintoma, que é o soluço em si", acrescenta. O soluço persistente surge de uma hora para a outra e pode aparecer diariamente ou em alguns períodos, mas desaparece na hora do sono, afirma Ciampi. No entanto, pode levar muito tempo até que os médicos consigam chegar a um diagnóstico e tentar um tratamento para o problema, segundo o neurologista. "A média dos pacientes demora alguns anos até ter um diagnóstico firmado e um controle adequado." Os tratamentos podem incluir medicamentos que atuam na transmissão nervosa do diafragma. A maioria dos pacientes responde aos remédios. Entretanto, se não for bem-sucedido, a alternativa é a instalação de um marca-passo para a estimulação do nervo frênico, que enerva o diafragma.

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